No dia 4 de março de 2011 nasceu
um bebê chamado José Luis. Embora tenha tido uma gestação perfeita e nascido a
termo, José enfrentou desafios maiores do que seu corpo conseguiu suportar. Pouco
antes de completar seu décimo segundo dia de vida, foi embora.
Apesar de nunca ter falado ou
aberto os olhos, José deixou grandes lições para as pessoas ao seu redor. Por causa
dele, amigos se formaram. Pensando nele, pessoas se aproximaram, passaram a
rezar, refletir, e até mudaram um pouco sua forma de ser. Todos se elevaram
para conversar com José. O bebê partiu, mas deixou sua luz.
Um ano se passou. Hoje, nós, pais
de José, estamos grávidos de uma menina, que chegará em algumas semanas para
encher de alegria a casa que ficou órfã de bebê. O irmão de José, Pedro Luis,
com apenas 3 anos e meio, fala sempre do seu “irmão que está no céu, que brinca
numa nuvem e dá beijinhos invisíveis na gente”.
As saudades e a lembrança guardamos, mas a tristeza e o
sofrimento, escolhemos deixar ir embora. À sua maneira, José tem seu lugar na família,
tem sua história, que nunca será esquecida. Uma história que ainda está sendo
escrita, com amor e paciência, e quem sabe um dia estará acessível para ajudar mães e pais na intensa e engrandecedora experiência do
viver e do morrer.
Às 21h57 de amanhã, dia 4 de
março, se você se lembrar do José, reúna-se com os seus e acenda uma vela, faça
uma prece, coloque rosas brancas na água ou escolha uma música bonita para
tocar. O gesto você decide, o que importa é dedicar a ele. Homenageie junto com
a gente, cada um na paz do seu lar, mas todos juntos em vibração, este ser que
tanto nos ensinou e por quem temos eterno amor e gratidão.
E quando a Joana chegar, aí sim, podemos nos reunir em uma bonita festa, para celebrar novamente a vida.